corais e mergulhadores no mar

Oito filmes sobre natureza que vão ao Festival de Cinema de Seia

A 23ª edição do Cine’Eco – Festiva Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela começa esta sexta-feira, dia 14, e prolonga-se até 21 de Outubro, em Seia. Em concurso estão mais de 100 longas e curtas metragens, entre documentários e ficção provenientes de 25 países, entre os quais filmes sobre natureza.

 

“O conjunto de obras apresentadas propõe-se a questionar os limites da obsessão pelo crescimento a curto prazo e os seus impactos na justiça, igualdade e crescimento social”, explica uma nota de apresentação do Cine’Eco, organizado pela Câmara Municipal de Seia.

“Tudo pode Mudar: Oceanos, Clima e Economia” é o tema que inspira a selecção dos filmes exibidos este ano, a partir do livro “Tudo pode Mudar: Capitalismo vs. Clima”, da realizadora e activista Naomi Klein. Em causa está “a ideia de que é possível criar um sistema social e económico próspero que abrace a sustentabilidade”.

Além da exibição de longas, curtas, documentários e reportagens de televisão, realiza-se ainda uma competição dedicada aos filmes lusófonos da região e um programa de sessões especiais.

A Wilder consultou a lista dos muitos documentários e reportagens que vão estar a concurso e apresenta-lhe oito filmes sobre natureza que vão ser exibidos, em Seia, ao longo da semana:

 

1. “Coros do Anoitecer” (Itália, 2016)

silhueta de árvores contra o céu

 

Olhar os retratos sonoros das florestas equatorianas é a sugestão deste documentário realizado por Nika Saravanja e Alessandro D’Emilia, um dos nove a concurso na competição internacional de longas do festival. O filme acompanha a viagem de David Monacchi, que pretende guardar a memória sonora da Amazónia em 3D, no âmbito do projecto eco-acústico “Fragments of Extinction”.

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2. “Ondas Brancas” (Espanha, 2016)

surfistas descansam em cima das pranchas no mar

 

Esta longa metragem realizada por Inka Reichert dá a conhecer a comunidade surfista em vários locais do mundo, nas acções de luta pela defesa do ambiente, contra a poluição dos oceanos.

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3. “Perseguindo Corais” (EUA, 2017)

corais e mergulhadores no mar

 

Jeff Orlowski, que dirigiu este documentário, embarcou numa viagem à descoberta dos recifes de coral em vários locais do mundo, acompanhado por uma equipa de mergulhadores, fotógrafos e cientistas. Objectivo: tentar descobrir por que estão os corais a desaparecer tão rapidamente.

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4. “Nahui Ollin – Sol em Movimento” (México, 2017)

Uma equipa de oito realizadores juntou-se para mostrar como o aquecimento global está a afectar o México, considerado um dos países com mais biodiversidade no mundo. Entre rios, montanhas, glaciares, campos e cidades, habitantes de vários pontos do país explicam o que está a acontecer e como enfrentam os efeitos das alterações climáticas.

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5. “Rio Azul: Pode a Moda Salvar o Planeta?” (Canadá, 2016)

câmara de filmagem aponta para a outra margem de um rio de cor castanha, onde se vêem cartazes com a palavra GAP

 

David McIlvidre e Roger Williams, que dirigem esta longa-metragem, acompanham Mark Angelo, activista internacional pela conservação dos rios, para desvendar as consequências da indústria da moda, considerada uma das mais poluentes. Fala-se não só da destruição das águas, mas também de soluções para um futuro mais limpo.

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6. “Baía Urbana” (Brasil, 2017)

tartaruga debaixo de água

 

A vida submarina da vasta baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, é pela primeira vez mostrada neste documentário realizado por Ricardo Gomes, um dos filmes em competição na categoria Lusofonia Longas. Aqui levantam-se também questões sobre o modelo económico actual e a relação dos humanos com os oceanos. Botos, tartarugas, corais, esponjas e mais de 50 espécies de peixes foram registados durante as filmagens.

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7. “Deriva Litoral – O Impacto da Erosão Costeira em Portugal” (Portugal, 2016)

Realizado por Sofia Barata, este filme debruça-se sobre a erosão das zonas costeiras, em Portugal, na tentativa de compreender quais são as causas deste problema e de tornar essa informação mais acessível a todos.

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8. “A Bordo do Noruega” (Portugal, 2016)

Um dos concorrentes na categoria de Documentários e Reportagens para Televisão, este filme realizado por Aurora Ribeiro, que passou na RTP Açores, acompanha uma campanha oceanográfica do navio de investigação ‘Noruega’, no âmbito do projecto Biometore. A viagem fez-se entre Lisboa e a Madeira, com o objectivo de estudar os montes submarinos Gorringe e Seine.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.
Consulte o programa completo do CineEco 2017, tal como a grelha de programação deste festival.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.