Que espécie é esta: esfinge-titã

O leitor Jonas Oliveira fotografou esta mariposa a 17 de Janeiro na cidade de Aquiraz, Fortaleza, Brasil, e pediu para saber qual a espécie. Eduardo Marabuto responde.

“Me chamo Jonas e sou de Aquiraz/ce, cidade metropolitana de Fortaleza. Hoje me apareceu essa espécie na minha varanda e me veio uma curiosidade que bicho seria, se teria algum risco ou coisa do tipo… Mais desde de já, essa espécie não é tipo da nossa região, pois em zona rural, essa é a primeira vez que me deparo com uma espécie dessa”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma esfinge-titã (Aellopos titan).

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“Trata-se de uma Aellopos titan, do mesmo grupo da nossa esfinge-colibri (Macroglossum stellattarum; Sphingidae, Macroglossinae)”, explicou Eduardo Marabuto.

Esta mariposa, com uma envergadura de asa entre os 55 e os 65 milímetros, ocorre no continente americano, desde os Estados Unidos até à Argentina e Uruguai.

Os indivíduos adultos alimentam-se do néctar de várias flores, entre elas a lantana.

No Brasil existe a subespécie Aellopos titan titan.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.