Que espécie é esta: borboleta Noctua pronuba

A leitora Margarida Santos Pires fotografou esta borboleta a 12 de Junho de 2018 em Lisboa e pediu ajuda para saber qual a espécie. Patrícia Garcia-Pereira responde.

O insecto apareceu “morto no chão da sala de uma residência localizada na Encarnação-Olivais de Lisboa”, contou a leitora à Wilder. “Praticamente não se via, mas à noite aparecia esvoaçando na sala com as janelas fechadas… Não sei de onde vinha, onde vivia, de que se alimentava. Isto durante umas semanas. Deixou de ouvir-se ‘o voar’, de ver-se e é encontrada morta no chão… Na arrecadação do prédio, junto ao telhado, julgo terem aparecido mais ocasionalmente, pareciam semelhantes.”


Trata-se de uma borboleta Noctua pronuba.

Espécie identificada por: Patrícia Garcia-Pereia, coordenadora da rede Estações da Biodiversidade e investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c) da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Esta é uma borboleta comum que vive em toda a Europa ocidental, Norte de Africa, Islândia e Escandinávia central, segundo a Universidade de Évora. 

“Ocorre em todos os tipos de habitats, desde jardins, prados a florestas, charnecas.”

Os adultos são abundantes em Abril, Maio e Outubro.

A lagarta alimenta-se de várias espécies de gramíneas e herbáceas, durante a noite. De dia esconde-se no solo. Hiberna no solo durante o Inverno e pupa na primavera.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.