Que espécie é esta: cobra-d’água-de-colar-mediterrânica

O leitor Agostinho Oliveira encontrou esta cobra a 23 de Maio na sua garagem em Travasso, Mealhada, e pediu ajuda na identificação da espécie. José Carlos Brito responde.

“Encontrei esta cobra dentro da minha garagem, coloquei-a no meio do mato”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma cobra-d’água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada e texto por: José Carlos Brito, especialista em répteis no BIOPOLIS-CIBIO.

Trata-se de uma Cobra-d’água-de-colar-mediterrânica, Natrix astreptophora (Seoane, 1884).

Este exemplar é um adulto-jovem, pelo que o colar amarelo que caracteriza os juvenis está a desvanecer, embora ainda seja visível na base da cabeça.

Quando totalmente adulta, o colar desaparecerá.

É uma serpente totalmente inofensiva, mas quando capturada tende a libertar o conteúdo intestinal com um cheiro muito desagradável. É uma técnica que utiliza para escapar aos predadores.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.