Cobra-de-água-de-colar-mediterrânica

Que espécie é esta: cobra-de-água-de-colar-mediterrânica

A leitora Cristina Pereira Ratanji fotografou esta cobra a 25 de Setembro em Santa Maria da Feira e quis saber qual a espécie a que pertence. Guilherme Caeiro-Dias responde.

“Este animal entrou em nossa casa em Santa Maria da Feira. Agradeço a informação. Ela fugiu para o campo e gostaria de saber se há perigo. Não pretendo matar, apenas perceber como agir. Tenho animais de estimação e uma criança”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma cobra-d’água- de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora).

Espécie identificada e texto por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

O “colar” branco no pescoço é característico de uma cobra-de-água-de-colar-mediterrânica (Natrix astreptophora) juvenil. Não produz veneno e é, portanto, totalmente inofensiva. Não há qualquer perigo para pessoas ou animias de estimação.

A forma correcta de agir é exactamente o que a leitora fez, remover o animal de casa e libertá-lo no campo.

Os juvenis tendem a percorrer maiores distâncias que os adultos para procurar um território onde se possam estabelecer. Por isso, nesta altura do ano é normal encontrar juvenis que nasceram na primavera/verão a dispersar dos locais onde nasceram. 

Normalmente procuram locais com vegetação e rochas que ofereçam proteção perto de cursos de água, charcos, represas ou lagoas de água doce ou água salobra. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

A nossa missão é inspirá-lo a apreciar a natureza e a melhorar a biodiversidade, através de conteúdos de elevada qualidade editorial que lhe sejam úteis.