Foto: Alberto Marques

Que espécie é esta: cobra-de-escada

Alberto Marques encontrou uma cobra em Celorico de Basto, dia 24 de Junho, e quis saber a espécie. Guilherme Caeiro Dias responde.

“Gostaria de saber que cobra é esta da foto, apareceu à tona da água na piscina da nossa propriedade em Celorico de Basto, Braga”, explicou Alberto Marques, numa mensagem enviada à Wilder. “Tinha mais ou menos 40 centímetros de comprimento, tirei-a da água e levei-a para o monte.”

Trata-se de uma cobra-de-escada (Zamenis scalaris), neste caso um subadulto.

Espécie identificada por: Guilherme Caeiro Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

“Geralmente com a idade o padrão dorsal em forma de “escada” desvanece, o que já se começa a notar aqui”, descreveu o investigador português, referindo-se ao facto de se tratar de um subadulto desta espécie.

As cobras-de-escada podem chegar aos 160 centímetros de comprimento, como explica o guia  “Anfíbios e Répteis de Portugal”. Podem encontrar-se em Portugal e Espanha e ainda nalgumas regiões de Itália e França, sendo mais fáceis de observar entre Abril e Outubro.

De acordo com o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal, esta é a segunda serpente com maior área de distribuição no nosso país, apenas ultrapassada pela cobra-rateira. Encontra-se bem distribuída por todo o território continental, especialmente até aos 800 metros de altitude.

Gosta de azinhais ou sobreirais abertos. Sobretudo em paisagens agrícolas, procura a vegetação junto aos rios e as orlas e muros que dividem os campos de cultivo.

Estas cobras são muitas vezes vítima de atropelamentos, por procurarem o calor retido no asfalto das estradas para se aquecerem durante a noite, e enfrentam a destruição do seu habitat.


Agora é a sua vez.

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