Que espécie é esta: cogumelo Suillus collinitus

O leitor Júlio Almeida encontrou este cogumelo a 27 de Outubro em Lisboa e pediu ajuda na identificação da espécie. A associação Ecofungos responde.

“Aqui estou eu de novo, desta vez curioso relativamente a esta estécie de cogumelo. Encontrei-o num gramado de um “jardim” junto ao Parque Florestal de Monsanto, num talude com exposição a Norte, junto de um pinheiro que não consigo nomear. De acordo com o Guia do Colector de Cogumelos, edição do ICNF, trata-se de um boleto, pois não tem lâminas, apenas poros por baixo do chapéu. Na identificação da espécie é que tenho dúvidas! A pergunta que faço é se é comestível?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de um Suillus collinitus

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de uma espécie da Ordem Boletales, onde se incluem espécies de elevado valor gastronómico, como os porcini (Boletus edulisB. aereusB. pinophilus, entre outros).

No presente caso, esta espécie pertence ao Género Suillus. 

Constitui um Género, com espécies micorrízicas e de baixo valor gastronómico, sendo que algumas podem ter alguma toxicidade.

A espécie que foi colhida pelo nosso leitor trata-se de uma Suillus collinitus

A espécie caracteriza-se por possuir um chapéu inicialmente, quando jovem, convexo o qual, na maturação, se torna aplanado e ondulado, a cutícula (sobre o chapéu) é muito viscosa.

Como refere o nosso leitor, o himénio (parte inferior do chapéu) é constituído por tubos curtos mas ligeiramente decorrentes sobre o pé e que terminam nuns poros largos e angulares.

O pé é cilíndrico a claviforme e apresenta uma cor amarela (mais intensa junto ao chapéu), a branca, com uma decoração granulada mais escura sobre a sua superfície. 

Na base podemos observar parte do micélio (cordões ou malha de hifas que está sob o solo e constitui o fungo) rosado, que distingue esta espécie da S. granulatusS. bellini, ou da S. mediterraneensis, por exemplo.


Pretende a identificação de um fungo ou cogumelo? A associação Ecofungos aconselha:

Sempre que possível, será importante recolher diferentes fotos dos exemplares, como por exemplo da parte superior do carpóforo, ou chapéu, da parte inferior, identificar o respetivo hospedeiro ou substrato, e efetuar um corte transversal do exemplar. Quanto mais informação for recolhida, mais simples e exata poderá ser a ID da espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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