Que espécie é esta: espécie do Filo Basidiomycota

Os leitores Marta Pombeiro e Samuel Silva encontraram este fungo a 10 de Agosto em Creixomil, Guimarães, e pediram ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

“No passado 10 de Agosto deparámo-nos com este elemento estranho numa árvore em Creixomil, Guimarães. Será que conseguem decifrar o que é? A textura era macia, mas sólida. E a dimensão aproximada seria uns 10cm de altura por 8cm de largura. Estamos muito curiosos! Na altura achámos que seria uma espécie de casulo e que a qualquer momento saíram de lá pequenas aranhas”, escreveram os leitores à Wilder.

Trata-se de uma espécie do Filo Basidiomycota.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

A espécie, apenas com as fotos deste estado de evolução do exemplar é difícil, mas apontaria para uma Fomes fomentarius.

Caso se verifique esta sugestão (que sublinho o se), trata-se de uma espécie saprófita de folhosas a qual produz uma podridão branca nas árvores doentes ou mortas. É comum em choupos. 

Podem surgir vários exemplares na mesma árvore.

As frutificações podem atingir os 50cm de diâmetro e crescem em consola. A parte superior é zonada, com cores que variam entre o branco, cinzento e castanho claro. A parte inferior, ou himénio, é composta por tubos branco-acizentados, por onde saem os esporos, por ação da gravidade.

Curiosidades: Esta espécie foi usada como acendalha na pré-história pelos nossos antepassados. É usada também na medicina tradicional pelas várias propriedades associadas à sua composição (ver também e ainda este Artigo).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.