Que espécie é esta: galinha-do-bosque

O leitor Nuno Silva fotografou este fungo num eucalipto em Taberna Seca, Castelo Branco, a 2 de Outubro e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

“Encontrei num eucalipto em Taberna Seca – Castelo Branco, que tipo de fungo é? Será comestível, que tipo de propriedades terá?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de um fungo galinha-do-bosque (Laetiporus sulphureus).

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Trata-se de um fungo muito vistoso e interessante, Laetiporus sulphureus.

Na América do Norte é conhecida como Chicken of the Woods, uma vez que se trata de uma espécie muito apreciada do ponto de vista gastronómico.

Do ponto de vista ecológico, a espécie é parasita de folhosas e adquire um comportamento saprófita, assim que o hospedeiro morre.

Caracteriza-se pelo seu crescimento em consola, de várias frutificações.

A parte superior do cogumelo apresenta um aspeto suave e piloso, com segmentos concêntricos e com cores que variam entre o amarelo enxofre (daí o seu epíteto específico sulphureus) até ao laranja escuro. 

A parte inferior do cogumelo possui uma estrutura esponjosa, constituída por tubos e microporos, por onde são expelidos os esporos, por gravidade. Na fase mais avançada de maturação, o exemplar adquire cores esbranquiçadas. 

Trata-se de uma espécie comestível, mas pode ser confundida com outras espécies tóxicas, pelo que se desaconselha o seu consumo, sem prévia identificação.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.