Que espécie é esta: juvenil de cobra-rateira

A leitora Leonor Salguinho encontrou esta cobra na Geria, Coimbra, a 17 de Agosto e pediu ajuda na identificação. Luís Ceríaco responde.

“Encontrei este réptil no quintal do meu cunhado, na Geria, localidade do concelho e distrito de Coimbra. Parecia estar a dormir. Toquei-lhe levemente com um pau comprido. Primeiro atacou o pau, mas logo se refugiou num buraco no chão. Não devia ter mais do que 30cm. Será perigosa?”, pergunta a leitora.

Trata-se de uma cobra-rateira (Malpolon monspessulanus).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A cobra que a leitora encontrou é um juvenil de cobra-rateira.

Com estas dimensões, estas cobras são perfeitamente inofensivas para o ser humano.

Mas quando atingem tamanhos de adulto pode infligir dentadas dolorosas e com algum veneno que, embora não seja fatal, pode provocar alguns inchaços e mau estar.

Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.