Que espécie é esta: lagarta da borboleta-caveira

O leitor Luís Godinho quer saber que espécie é esta vista este mês num jardim no Montijo. Eduardo Marabuto responde.

“Um amigo meu encontrou no seu jardim no Montijo este espécime de larva; tem entre 7 a 9 centímetros de comprimento e 3 centímetros de diâmetro. Pesquisei em todo o lado mas não consigo identificar o espécime, pensei ser da borboleta colibri mas as características como o seu porte não são os mesmos. Decidi enviar-vos pois pode também ser uma espécie rara ou invasora”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma lagarta da borboleta-caveira (Acherontia atropos).

Espécie identificada por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

“É uma Acherontia atropos. Não é rara, mas não é demasiado abundante. E não é invasora”, comentou Eduardo Marabuto.

Esta grande e bonita borboleta noturna pertence à família Sphingidae. É uma das nossas maiores borboletas e um dos maiores na classe insecta nas nossas latitudes.

Ficou célebre por dar capa a um filme de Hollywood.

Borboleta-caveira (Acherontia atropos). Foto: Wiki Commons

O nome comum vem da marca no tórax dos adultos que lembra uma caveira.

As lagartas alimentam-se de plantas da família da batata e também de folhas de oliveira.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.