Que espécie é esta: lagarta da borboleta processionária-herculeana

O leitor Márcio Lopes fotografou estas lagartas a 28 de Dezembro de 2021 em Leiria e quer saber que espécie é. Eduardo Marabuto responde.

“Encontrei esse conjunto, em fila indiana, de pequenas larvas (suponho eu). Parecem ter o mesmo comportamento das processionárias, mas neste caso elas estavam a enroscar-se nas folhas do sargaço. O avistamento foi feito na Nossa Senhora do Monte, em Leiria. Será que me podem a identificar esta espécie?”, perguntou o leitor à Wilder.

Tratam-se de lagartas da borboleta processionária-herculeana (Thaumetopoea herculeana).

Espécie identificada e texto por: Eduardo Marabuto, entomólogo.

O observador estava no caminho certo para uma correcta identificação, já que o comportamento e o hábito destas lagartas indica o seu parentesco com a processionária dos pinheiros, Thaumetopoea pityocampa.

No entanto, esta espécie, a Thaumetopoea herculeana, não se alimenta de pinheiros mas de estevas (Cistus salviifolius) e de espécies de gerânios selvagens (Erodium).

Não parece ser tão urticante como a sua prima dos pinheiros e, apesar de ser maioritariamente inofensiva nesse aspecto, nunca se recomenda um manuseamento.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.