Foto: Inês Sequeira

Que espécie é esta: libélula-púrpura

Inês Sequeira fotografou esta libélula em Sintra e quis saber de que espécie se trata. Albano Soares responde.

Inês Sequeira, jornalista da Wilder, encontrou uma libélula de cores vistosas pousada calmamente num ramo no Parque de Monserrate, em Sintra, e ficou curiosa para saber a sua identificação.

Trata-se de uma libélula-púrpura (Trithemis annulata).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Estes insectos são conhecidos por baixarem imediatamente as asas (como na foto), quando pousam num ramo. Os machos têm tons violeta com linhas vermelhas nas asas e as fêmeas são amarelas e castanhas.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, que classifica a libélula-púrpura como Pouco Preocupante no que respeita ao risco de extinção, esta é uma das libélulas mais comuns em África, na Arábia e nos países mediterrânicos. A espécie tem-se vindo a expandir para norte devido às alterações climáticas.

Esta libélula adapta-se facilmente a diferentes tipos de habitat e por isso pode ser observada junto de diferentes zonas húmidas.


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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.