Que espécie é esta: mosca-grua Ctenophora festiva

O leitor Rui Silva encontrou este insecto em Ermesinde a 13 de Maio de 2019 e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Andrade responde.

“O meu nome é Rui Silva e fotografei este tipo de abelha/mosquito através do vidro em minha casa em Ermesinde a 13-05-2019. Podem ajudar-me a identificá-la?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma mosca-grua da espécie Ctenophora festiva.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

Esta é uma fêmea de Ctenophora festiva. Apesar de só termos visão ventral, as características diagnósticas estão visíveis (coloração das asas e patas).

Os adultos são moscas-grua de aspecto robusto que apresentam uma coloração vistosa semelhante à de algumas espécies de abelhas e vespas, o que lhes confere alguma protecção contra predadores.

As larvas desenvolvem-se em madeira morta de árvores de folha caduca. A maioria das espécies de Ctenophora dependem de florestas antigas onde a madeira morta está sempre disponível e, por essa razão, são geralmente raras.

Saiba mais aqui sobre as cerca de 100 espécies de moscas-gruas de Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.