Que espécie é esta: posturas de sapo-corredor

A leitora Inês Branquinho enviou-nos esta fotografia que tirou a 18 de Abril na aldeia da Carvalheda, Celorico da Beira, e quis saber a que espécie pertence. Jael Palhas dá-lhe a identificação.

 

“Havia três poças de água e todas tinham o mesmo”, contou a leitora à Wilder.

 

 

Tratam-se de posturas de sapo-corredor (Bufo calamita).

Espécie identificada e texto por: Jael Palhas, ecólogo do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra

O sapo-corredor é um dos anfíbios com metamorfose mais rápida da nossa fauna (40 dias) o que lhe permite reproduzir-se em poças e charcos efémeros e quase desprovidos de vegetação, onde não tem competição de outras espécies.

Tem uma reprodução explosiva, concentrando-se muitos indivíduos nas poças e nos charcos, sobretudo nas noites de grandes chuvadas primaveris. Aí depositam estes cordões de ovos na água.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.