A leitora Olga Pita fotografou estes répteis em Março no terrário dos netos, depois de terem sido encontrados na zona da Galé-Melides e quis saber de que espécies são. Guilherme Caeiro-Dias responde.
“Esta semana (Abril) havia alguns répteis no vosso site, vimos a identificação de algumas lagartixas, o que me levou a procurar estas que vos envio. Fotografei-as no terrário dos meus netos que as encontraram em julho/19 na urbanização da praia da Galé-Melides e floresta em redor. As duas isoladas/ampliadas não encontrei descritas nos nossos guias de campo…”, escreveu a leitora à Wilder.
Tratam-se das espécies: lagartixa-do-mato-comum (Psammodromus algirus), lagartixa-do-mato-ocidental (Psammodromus occidentalis), fura-pastos (Chalcides bedriagai) e lagartixa-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus).
Espécie identificada e texto por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.
Na foto onde se encontram os três répteis temos da esquerda para a direita: lagartixa-do-mato-comum (Psammodromus algirus) juvenil, lagartixa-do-mato-ocidental (Psammodromus occidentalis) adulto, e fura-pastos (Chalcides bedriagai) adulto.
Na outa foto vemos uma lagartixa-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus) juvenil.
Acho que é importante referir que capturar e manter animais selvagens em cativeiro é proibido por lei. O fura-pastos é actualmente considerado uma espécie quase ameaçada pela União Internacional Para a Conservação da Natureza (UICN; IUCN em Inglês) devido ao declínio de algumas populações. Em Portugal a lagartixa-do-mato-ocidental e a lagartixa-de-dedos-denteados são também consideradas quase ameaçadas devido à destruição e fragmentação de habitat.
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