Que espécie é esta: vespa do género Sceliphron

A leitora Filipa Garrett encontrou esta vespa em Lisboa a 21 de Setembro e pediu ajuda para saber a que espécie pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Gostaria que me ajudassem a identificar esta espécie. Encontrei-a ontem a tentar entrar em casa”, escreveu à Wilder.

Trata-se de uma vespa do género Sceliphron.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

É uma vespa solitária do género Sceliphron.

Estas vespas constroem pequenos tubos com lama, colocam um ovo em cada tubo e a larva que dele eclode alimenta-se das aranhas que a mãe caçou e aí colocou.

Neste momento conhecem-se cinco espécies de Sceliphron em Portugal, duas das quais exóticas.

Em geral são inofensivas para as pessoas, mas podem picar se forem agarradas ou manuseadas, como acontece com muitas vespas e abelhas.


Agora é a sua vez

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.