Banco Central Europeu instala colmeias, ninhos e abrigos para morcegos

Abelha. Foto: Suzanne D. Williams/Pixabay

O edifício sede do Banco Central Europeu, em Frankfurt, está a ser transformado para promover a biodiversidade. O relatório anual de 2020, publicado a 14 de Abril, anuncia mais hotéis para insectos, caixas-ninho, abrigos para morcegos e colmeias.

Desde 2019 têm sido instalados naquele edifício, com uma área total de mais de 11 hectares, prados com flores silvestres para os polinizadores, hotéis para insectos, caixas-ninho para aves e abrigos para morcegos.

Estas medidas para promover a biodiversidade têm sido feitas em colaboração com grupos locais de peritos em natureza. Recentemente foi criado o Grupo de Ecologia com funcionários do Banco Central Europeu apaixonados pelo mundo natural, que está a ajudar a transformar o edifício.

Actualmente, 6,5 hectares estão ocupados com relvados, prados e flores silvestres. Segundo o relatório anual de 2020, a maioria das árvores são de folha caduca, adaptando-se às diferentes estações do ano. Os prados, que se combinam com áreas de bosque mais denso e sebes naturais, “têm sido melhorados para promover uma mistura de plantas mais amigas das abelhas”.

“Têm sido instalados abrigos para morcegos e aves e hotéis para insectos para promover a biodiversidade. Estes são mantidos regularmente e promovidos internamente para aumentar a sensibilização dos funcionários para a protecção da biodiversidade”, pode ler-se no relatório.

Agora, o edifício está a fazer mais. Neste momento tem em curso medidas para apoiar grupos informais de funcionários que fazem jardinagem urbana e apicultura e para aumentar a variedade de plantas amigas dos insectos.

Abelhão pousado em flores de urze. Foto: Bea.miau/Wiki Commons

Além disso está a instalar colmeias e ainda mais hotéis para insectos, caixas-ninho para aves e abrigos para morcegos. “Em colaboração com o novo Grupo de Ecologia de funcionários do Banco novas possibilidades para promover a biodiversidade estão, continuamente, a ser avaliadas e promovidas.”


Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.