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Que espécie é esta: cobra-de-escada (juvenil)

O leitor Carlos Santos fotografou esta cobra em meados de Maio em Cevide (distrito de Viana do Castelo) e quis saber qual a espécie a que pertence. Ernestino Maravalhas dá-lhe a identificação.

 

 

A cobra que observou pertence à espécie cobra-de-escada (Rhinecis scalaris). E é um juvenil.

Espécie identificada por: Ernestino Maravalhas, um dos autores do guia “Anfíbios e Répteis de Portugal”, lançado em Novembro de 2017.

Estes são animais que podem chegar até aos 160 cm de comprimento. Têm corpo em tons cremes com manchas escuras.

Os juvenis, como o que Carlos Santos observou, são claros, “com marcas dorsais em forma de escada”, daí o seu nome, explica o guia lançado em 2017.

Os animais desta espécie “mudam completamente os desenhos do corpo quando chegam ao estado adulto”. Os juvenis têm “marcas escuras transversais ao longo do corpo, que desaparecem quando o animal adquire a roupagem de adulto, passando a apresentar linhas escuras longitudinais”, explica o guia.

 

 

A cobra-de-escada vive na maior parte de Portugal e Espanha e em algumas regiões de França e Itália. No nosso país é a serpente mais amplamente distribuída depois da cobra-rateira, segundo o “Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal” (Esfera do Caos, 2010).

O seu estatuto de conservação é Pouco Preocupante.

A melhora altura para observar esta espécie é entre Abril e Outubro.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.