Bole-bole maior (Briza máxima). Foto: Alvesgaspar/Wiki Commons

Que espécie é esta: Bole-bole-maior

O leitor David Kenyon fotografou uma “erva estranha” na sua quinta em Tomar, no mês de Abril, e pediu a identificação da espécie. Filipe Covelo responde.

 

A gramínea em questão começou a aparecer em meados de Março, explicou David Kenyon. “Parece gostar do Centro de Portugal.”

Trata-se da espécie Briza maxima, conhecida pelos nomes comuns bole-bole-maior e chocaleira-maior.

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

 

Foto: David Kenyon

 

Esta gramínea pertence à família Poaceae, a mesma do centeio, da cevada, do milho e da aveia.

É uma erva anual, com colmos de 10 a 80cm, com espiguetas ovadas a oblongas.

Esta espécie nativa da região mediterrânica e macaronésia é muito comum em Portugal. Ocorre em prados, searas, campos agrícolas, montados, clareiras e orlas de matos, bosques e pinhais. Tem uma grande amplitude ecológica embora com alguma preferência por locais secos.

É utilizada como forragem para os animais e por vezes como ornamental.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.