Que espécie é esta: escaravelho Hesperophanes sericeus

O leitor Carlos Farinha encontrou este animal junto a Vilar Formoso a 11 de Agosto de 2018 e pediu para saber qual a espécie. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Este insecto apareceu dentro de casa numa aldeia chamada São Pedro do Rio Seco, que fica junto a Vilar Formoso. Suponho tratar-se de um coleóptero, mas não sei identificar a espécie. Agradeço, por isso, a vossa colaboração na respetiva identificação”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se do escaravelho Hesperophanes sericeus.

Espécie identificada por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O escaravelho da foto é um cerambicídeo da espécie Hesperophanes sericeus.

É uma espécie nativa que enquanto larva se alimenta da madeira seca de várias árvores (por exemplo nogueira, castanheiro e espécies de Prunus).

Apesar de ter uma distribuição ampla em Portugal continental, existem poucos registos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.