Peixe-galo (Zeus faber). Ilustração: Pedro Salgado

Peixe da semana: peixe-galo

Todas as sextas-feiras chega à Wilder um novo peixe marinho, criado pelo biólogo e ilustrador naturalista Pedro Salgado, dando forma a um catálogo ilustrado de espécies fascinantes.

Peixe-galo (Zeus faber). Ilustração: Pedro Salgado

Nome comum: peixe-galo

Nome científico: Zeus faber

Técnica usada: Grafite, tinta da china, pó de maquilhagem, guache

Mais sobre esta espécie: este peixe, da família dos Zeídeos, é uma espécie marinha que vive na costa portuguesa e também nas costas do resto da Europa, de África, Sudeste Asiático, Nova Zelândia, Austrália e Japão.

O peixe-galo pode medir 65 centímetros e pesar 5 kg. Não é conhecido por ser bom nadador.

Tem um corpo plano e comprimido lateralmente, uma grande mancha escura de ambos os lados -que usa para confundir as presas – e espinhos longos na barbatana dorsal.

Os seus olhos grandes na frente da cabeça dão-lhe visão binocular e percepção de profundidade, importantes contra predadores, como os tubarões.

Alimenta-se de outros peixes mais pequenos e ocasionalmente de polvos e crustáceos.

Este peixe que tende a ser solitário vive a profundidades entre os 5 e os 360 metros.

Reproduz-se entre o final do Inverno e o princípio da Primavera, no Atlântico Norte, mas junto ao Mediterrâneo a época de reprodução começa mais cedo.


Saiba mais aqui sobre a série “Peixe da Semana”.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.