Que espécie é esta: alfenheiro

Um grupo de alunas do Colégio Militar, em Lisboa, fotografou esta árvore a 7 de Fevereiro no espaço escolar e quer saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de um alfenheiro ou alfenheiro-do-Japão (Ligustrum lucidum).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A árvore da fotografia é conhecida como alfenheiro ou alfenheiro-do-Japão (Ligustrum lucidum). 

É uma espécie nativa da região Este da Ásia, da família Oleaceae.

O alfenheiro é uma pequena árvore de copa frondosa e de folhagem persistente, coriácea, avermelhada quando jovem e verde-escura e brilhante na fase adulta.

A floração ocorre entre junho e julho. As flores surgem agrupadas em inflorescências densas. São pequenas, brancas ou creme e muito perfumadas.

Os frutos são globosos, verdes na fase inicial de formação, tornando-se mais escuros, quase pretos quando maduros.

O alfenheiro é uma espécie muito resistente à poluição atmosférica, sendo por isso muito utilizado em jardins e outros espaços verdes, em grandes centros urbanos, como planta isolada ou em alinhamentos. Também pode ser cultivado como bonsai, dado que também suporta bem a poda.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.