Alvéola-branca. Foto: Pixabay
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Que espécie é esta: alvéola-branca

A leitora Teresa Pinheiro fotografou esta ave elegante no seu quintal em São Pedro do Estoril e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

Foto: Teresa Pinheiro

 

“Este pássaro tem aparecido no meu quintal frequentemente, uma vez ou duas com a companhia de outro, debicando o que possam encontrar”, contou Teresa Pinheiro à Wilder. É “muito difícil de fotografar pois assustava-se e fugia. Será que me poderão elucidar?”

A espécie que observou é uma alvéola-branca (Motacilla alba).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Também chamada arvéola, lavandeira, lavandisca ou gonçalinha, esta elegante ave tem entre 16 e 19 centímetros de comprimento. A sua cauda preta e branca abana constantemente.

É uma espécie residente comum em Portugal. Segundo Gonçalo Elias, “como nidificante é frequente a Norte do rio Tejo e pouco frequente a Sul deste rio”. Mas também podemos observar alvéolas-brancas da Europa Ocidental, Central e do Norte que escolhem Portugal para passar o Inverno. Assim, durante o Outono e o Inverno, é comum em todo o país.

Alimentam-se de invertebrados que capturam no solo, sobre a vegetação, na superfície da água ou em pleno ar, segundo o livro Aves de Portugal (Assírio & Alvim, 2010).

É uma espécie comum que, durante a época de reprodução, se distribui por todo o país.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez. 

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.