Amargoseira

Que espécie é esta: amargoseira

O leitor José Alberto Moura fotografou esta árvore no início de Dezembro em Vila Franca da Serra, Gouveia, e quis saber qual é a espécie. Carine Azevedo responde.

“Aproveito a ajuda para tentar saber que árvore é esta cuja foto foi tirada há alguns dias em Vila Franca da Serra, Gouveia”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma amargoseira (Melia azedarach L.)

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A árvore nas fotografias é uma amargoseira (Melia azedarach L.), também conhecida como mélia, conteira ou sicómoro nos Açores. Pertencente à família Meliaceae, esta árvore exótica, embora não seja nativa de Portugal, é bastante comum em espaços verdes urbanos.

Originária da Ásia, a amargoseira pode atingir até 10 metros de altura. Apresenta folhas compostas, verde-escuro e brilhantes na página superior, com uma tonalidade mais clara na página inferior,  conferindo-lhe uma aparência elegante. Durante o outono e inverno, as folhas caem, contribuindo para o ciclo sazonal da árvore.

No período da primavera e início do verão, a amargoseira exibe pequenas flores aromáticas e nectaríferas, frequentemente agrupadas em inflorescências, com uma paleta de cores que varia do branco ao lilás. Um detalhe interessante é que as flores surgem antes da rebentação das folhas, adicionando um elemento distintivo ao seu ciclo de floração.

Os frutos, destacados na fotografia, são drupas globosas com cerca de 2 centímetros de diâmetro. Inicialmente verdes, amadurecem no outono, assumindo tons amarelos ou alaranjados e persistindo na árvore por um período prolongado.

Apesar da sua beleza estética, é importante realçar que todas as partes desta árvore, especialmente os frutos, contém substâncias tóxicas, que podem representar riscos se ingeridas por humanos ou animais, com excepção das aves.


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Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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