Que espécie é esta: aranha tecedeira-de-tubo

O leitor José Carneiro encontrou esta aranha a 13 de Abril em Seirrãos (Boticas), e pediu ajuda na identificação. Sérgio Henriques responde.

 

 

 

 

Trata-se de uma aranha tecedeira-de-tubo (Segestria florentina).

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

Esta especie parece ser uma fêmea de Segestria florentina. É um animal com queliceras verdes iridescentes que usa para avisar potenciais atacantes que a sua mordedura não está longe se insistirem em se chegar perto.

As aranhas desta espécie fazem teias em tubo, com uma entrada repleta de fios radiados que ajudam a aranha a detectar o tamanho e a direcção das suas presas.

É natural do Mediterrâneo e já foi introduzida em Inglaterra, onde é agora bastante comum.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.