Foto: Paula Estevens

Que espécie é esta: aranha-dos-troncos-grande

Os leitores Lúcia Simão, Sara Neves e Paula Estevens pediram a identificação de aranhas que fotografaram no final de Janeiro, em Loulé, Charneca da Caparica e Arruda dos Vinhos, respetivamente. Pedro Sousa ajuda.

“Tive uma visita cá em casa, que me deixou assustada. Tinha aproximadamente entre 5 e 8 cm e um aspecto assustador. Poderá ser perigosa e venenosa?”, perguntou Lúcia Simão, sobre a aranha que fotografou em Loulé, no Algarve, no dia 31 de Janeiro.

Foto: Lúcia Simão

No mesmo dia, Sara Neves fotografou duas aranhas na Charneca da Caparica, no concelho de Almada, enquanto que Paula Estevens tirou uma fotografia em Arruda dos Vinhos, a 29 de Janeiro.

Foto: Paula Estevens

Nestas três situações, tudo indica que se trata da aranha-dos-troncos-grande (Zoropisis spinimana).

Espécie identificada por: Pedro Sousa, biólogo com vasta experiência na identificação de espécies de aranhas autóctones de Portugal e especialista do grupo Aranhas e Escorpiões da IUCN SSC.

“Estas aranhas têm sempre quatro grandes olhos posteriores, formando um quadrado mais ou menos bem definido”, descreveu o biólogo, numa identificação anterior. Costumam estar ativas ao longo de todo o ano e são muitas vezes encontradas pelos leitores da Wilder.

De acordo com Pedro Sousa, “esta é uma espécie que pode trepar com facilidade para praticamente qualquer superfície. É capaz de subir a superfícies como vidro, ao contrário de espécies com aspecto semelhante, como as aranhas lobo”.

E por isso, “o ideal será não deixar que o animal entre dentro de casa, até porque depois pode não encontrar a saída e acabar por morrer dentro da habitação”. Não ter vasos ou volumes semelhantes do lado de fora de casa e ter cuidado para manter as janelas fechadas ou com alguma rede que lhes dificulte a entrada são estratégias possíveis.

Por outro lado, embora o tamanho desta aranha lhe permita perfurar a pele humana (algo que poucas aranhas conseguem fazer), raramente o faz. Se se sentir obrigada a isso, a sua mordedura não é perigosa.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

A nossa missão é inspirá-lo a apreciar a natureza e a melhorar a biodiversidade, através de conteúdos de elevada qualidade editorial que lhe sejam úteis.