Que espécie é esta: árvore-da-china

A leitora Ana Lúcia Canelas pediu ajuda na identificação desta árvore que fotografou em Coimbra a 27 de Outubro. Carine Azevedo responde.

“Agradeço a vossa ajuda para identificar que espécie é a desta árvore que se localiza em Coimbra, junto à entrada do Clube de Ténis de Coimbra”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma árvore-da-china (Kolreuteria bipinnata).

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A árvore fotografada é uma espécie do género Koelreuteria, muito provavelmente Kolreuteria bipinnata, conhecida vulgarmente como árvore-da-china, de onde é originária.

Da família Sapindaceae, esta árvore de médio porte pode crescer até aos 15 metros de altura. Possui folhagem caduca, composta, flores agrupadas em inflorescências terminais grandes, que surgem no início do outono e se vão mantendo ao longo da estação.

É uma espécie muito interessante do ponto de vista ornamental, pelo contraste de cores que podemos observar ao longo do tempo e pelo facto da floração e frutificação ocorrerem em simultâneo e apresentarem características de rara beleza. 

As folhas são inicialmente verdes e tornam-se amareladas antes de caírem. A floração amarela e delicada é seguida da formação dos frutos, em cápsulas verdes, que se tornam rosados e acastanhados com o tempo e persistem na árvore durante um longo período.

O efeito decorativo desta árvore pode ser visto em parques em jardins, como planta isolada ou ainda em pequenos grupos, formando alamedas ou maciços.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.