Que espécie é esta: celidónia-menor

A leitora Cristina Silva fotografou esta planta a 6 de Março em Vila Nova, Miranda do Corvo, e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

“Esta planta, com uma linda flor amarela lustrosa, cresce espontaneamente na propriedade dos meus pais, em Vila Nova, Miranda do Corvo. Este ano, penso que por ter sido um inverno muito chuvoso, faz tapetes imensos em alguns locais”, escreveu a leitora à Wilder.

 

Trata-se da espécie celidónia-menor (Ficaria verna).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

As flores da fotografia parecem ser de celidónia-menor (Ficaria verna), espécie da família das Ranunculaceae.

É uma espécie nativa da Europa e da Ásia Ocidental. Esta planta herbácea, de baixo crescimento, tem folhas carnudas verde-escuras, com uma forma semelhante a um coração.

As flores são vistosas, brilhantes e amarelas e surgem no final de janeiro e permanecendo a floração até finais de abril-maio. 

Esta espécie é nativa em Portugal continental e pode ser vista na margem de linhas de água e em locais húmidos.

Trata-se de uma planta venenosa. Se ingerida crua poderá ser fatal para alguns animais de pasto e gado, nomeadamente cavalos e ovelhas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.