Que espécie é esta: escaravelho do género Ceramida

O leitor Pedro Seixas Palma observou este insecto a 17 de Setembro em Lisboa, e pediu ajuda na identificação. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Após uma grande chuvada surgiram estes escaravelhos, às dezenas, na Quinta das Conchas, Lisboa, Portugal. O que são? Costumo fotografar bichos no jardim ao pé de onde moro, mas estes nunca vi. Geralmente consigo identificar sem grandes dificuldades, mas este parece-me ser da família Pleocomidae, nativo da costa oeste dos EUA…?”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um escaravelho do género Ceramida.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

“O comportamento descrito é muito típico, eu próprio já o presenciei: centenas de indivíduos eclodem e voam freneticamente depois de uma chuvada outonal para desaparecerem por completo ao fim de algum tempo”, escreveu José Manuel Grosso-Silva.

Em Portugal existem, pelo menos, oito espécies de escaravelhos do género Ceramida.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.