Que espécie é esta: esporas-bravas

O leitor Bartolomeu Silva fotografou esta planta a 21 de Março de 2018 na zona de Felgueiras e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

“Conseguem ajudar-me a identificar esta planta/flor? A foto já é de 21 de Maio de 2018, mas todos os anos nascem por aqui, na zona de Felgueiras”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se da espécie esporas-bravas (Linaria triornithophora).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

As fotos são da espécie Linaria triornithophora (L.) Cav. (família Plantaginaceae), de nome comum esporas-bravas.

É uma espécie nativa da Península Ibérica, possível de observar na zona Norte e Centro de Portugal, principalmente em locais sombrios na orla de carvalhais e em taludes de estrada.

As flores deste género são algo parecido com as do género Antirrhinum, também conhecidas como bocas de lobo.

Segundo a Flora Iberica o género Linaria conta com 150 espécies, que ocorrem principalmente na Europa, estando 23 taxa citados para Portugal.

Este género traz, por vezes, muitas dificuldades para identificação das suas espécies, sendo necessário realizar uma observação cuidada das sementes para proceder uma identificação correta.

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.