Que espécie é esta: gafanhoto-cantor-de-Jacobs

O leitor Rogério Dias Paulo fotografou este gafanhoto a 16 de Maio na Foz do Neiva e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

“Gostaria de saber que espécie de gafanhoto é esta com o abdómen tão colorido. Estava ao sol, bem visível, e frequentemente emitia esfregando as asas e patas traseiras, diria típico dos gafanhotos. Este espécime teria não mais que 2.5cm”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um gafanhoto-cantor-de-Jacobs (Chorthippus jacobsi).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O gafanhoto em questão é um macho de gafanhoto-cantor-de-Jacobs (Chorthippus jacobsi), uma espécie endémica da Península Ibérica, bastante comum.

De facto os gafanhotos “têm o hábito” de esfregar a parte interna das patas traseiras pelas asas anteriores para produzir um som semelhante ao de um reco-reco.

São principalmente os machos que o fazem para atrair as fêmeas para a cópula.

A capacidade de “cantar” está particularmente desenvolvida no grupo dos gafanhotos-cantores (Subfamília Gomphocerinae).


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.