Que espécie é esta: gafanhoto-do-Egipto

A leitora Sónia Ferreira fotografou este gafanhoto na Maia, a 14 de Novembro e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

“Há um mês apareceu-me nas portadas este gafanhoto tem 7cm e vive aqui nas portadas. Não come nada desde que aqui está. Muda de posição e local, pode sair mas não o faz”, escreveu a leitora à Wilder.

A espécie que observou é um gafanhoto-do-Egipto (Anacridium aegyptium).

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A leitora encontrou o gafanhoto-do-Egipto, “muito comum e o maior gafanhoto da nossa fauna”, explica Eva Monteiro. 

É também um dos maiores gafanhotos europeus. Os machos adultos podem medir entre 30 e 56 milímetros e as fêmeas entre 46 e 70 milímetros. 

O seu corpo, normalmente, é acinzentado ou acastanhado e as suas antenas são relativamente curtas e robustas. 

Os olhos têm características riscas verticais pretas e brancas.

“Esta espécie hiberna como adulto e, por vezes, entra nas casas e em outras construções humanas para procurar abrigo nesta época do ano.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.