Que espécie é esta: Libelloides baeticus

A leitora Lisete de Matos fotografou este insecto a 13 de Junho nas serras do Açor e Lousã e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Se possível, agradeço a identificação da borboleta junta. Parecia uma estrela, a saltitar de herbácea em herbácea, numa encosta virada a sul, na confluência das serras do Açor e Lousã, ao fim da tarde de 13 de junho”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um Libelloides baeticus.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

“É um Libelloides baeticus. Apesar do nome e aparência não tem nada a ver com as libélulas, é um Neuroptero”, explicou Albano Soares. 

Esta espécie, de asas em tons de amarelos e pretos com muitas nervuras e grandes olhos escuros, ocorre em quase toda a Europa. Terá uma envergadura de asa de cinco centímetros.

Vive em zonas de vegetação herbácea que seca durante o Verão e com solos rochosos.

Alimenta-se de pequenos insectos e tem actividade diurna, especialmente intensa nos dias de Sol do final da Primavera.

Podemos observar os adultos desde finais de Maio ao início de Agosto.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.