Que espécie é esta: lírio-do-nilo

O leitor Joaquim Cotovio fotografou esta flor a 7 de Março junto ao sapal em Miratejo e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

Trata-se de um lírio-do-nilo (Chasmanthe aethiopica).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A flor da fotografia é de um lírio-do-nilo (Chasmanthe aethiopica), também conhecido como lírio-cobra.

É uma espécie herbácea da família das Iridaceae. É originária da África do Sul e é uma espécie subespontânea na bacia do Mediterrâneo. 

Esta espécie herbácea é uma planta bolbosa de folhas verdes claras, lanceoladas com uma nervura central proeminente.

As folhas surgem no inverno, formando tufos verdes com cerca de 60 cm de altura. A floração ocorre na primavera. As flores são de cor laranja avermelhadas e surgem numa haste floral dispostas ao longo de uma espiga longa, em fileira dupla e com ligeira curvatura para fora.

É muito frequente como planta de jardim.

Alguns autores referem que é uma espécie com características invasoras. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.