Que espécie é esta: maónia ou uva-do-oregon

A leitora Maria Emília Seabra enviou-nos a fotografia desta planta captada a 24 de Fevereiro em Arganil e pediu para saber a espécie. Carine Azevedo responde.

“Chamam-lhe loureiro-macho mas não se parece com o Laurus nobilis. Do que se trata?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma maónia ou uva-do-oregon (Berberis aquifolium).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Da família das Berberidaceae, a maónia ou uva-do-oregon (Berberis aquifolium) é uma espécie nativa do Noroeste dos Estados Unidos (EUA). 

Esta espécie de folha persistente pode atingir até 2 metros de altura. É uma planta ornamental interessante, que atrai a sua atenção em qualquer época do ano. 

As suas flores amarelo-dourado surgem na primavera, são levemente perfumadas e bastante atrativas para abelhas e aves.

Os frutos são azuis e também muito procurados por aves e outros animais selvagens.

As folhas são verde-escuro, brilhantes, tornando-se vermelhas no outono e no inverno.

Os frutos são bagas em cachos que parecem pequenas uvas e as folhas são muito semelhantes às do azevinho. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.