Que espécie é esta: mosca da família Asilidae

O leitor Pedro Lila fotografou este insecto a 9 de Junho de 2017 em Leiria e pediu ajuda na identificação. Rui Andrade responde.

A fotografia foi tirada à porta da casa de Pedro Lila. “Ergui o braço para ver as horas e esta mosca enorme pousou-lhe em cima. Tive tempo para a fotografar e momentos depois ela levantou voo para longe. A mosca em si tem um aspecto intimidante, mas até que ponto é agressiva?”, escreveu o leitor à Wilder.

“Nota: Há muitos anos, estava a apanhar sol à beira de uma piscina e pousou-me uma varejeira enorme no joelho. Antes que a pudesse espantar, uma mosca igualzinha a esta caiu-lhe em cima e voou para longe com a varejeira entre as patas.”

Trata-se de uma mosca da família Asilidae.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É uma mosca da família Asilidae, um grupo que possui mais de 500 espécies na Europa.

As larvas vivem no solo e em madeira em decomposição e predam as larvas de outros insectos.

Os adultos, tal como foi observado pelo leitor, são também eles predadores vorazes de outros invertebrados como moscas, vespas, borboletas, escaravelhos e, em alguns casos, mesmo ácaros e colêmbolos.

No entanto para as pessoas são completamente inofensivos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.