Que espécie é esta: mosca Xylota segnis

O leitor João Luís Aldo de Araújo encontrou esta mosca na ilha Terceira a 27 de Julho e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Andrade responde.

O insecto foi fotografado nos Viveiros da Falca, freguesia de S. Bartolomeu dos Regatos, ilha Terceira (Açores). O leitor pergunta se será uma será uma Syritta pipiens.

Trata-se de uma mosca Xylota segnis.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É um macho de Xylota segnis (família Syrphidae). 

Nos Açores pode ser confundida com a Syritta pipiens pois tal como esta apresenta os fémures posteriores engrossados.

No entanto existem diferenças na coloração que permitem separar facilmente as duas espécies. Por exemplo, X. segnis apresenta uma grande área alaranjada no abdómen, enquanto que em S. pipiens o abdómen possui manchas amareladas aos pares.

Os adultos de X. segnis visitam flores de várias espécies tais como pilriteiro (Crataegus), heras (Hedera) ou umbelíferas. Por sua vez, as larvas desenvolvem-se em matéria vegetal em decomposição.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.