Chasco-ruivo. Foto: Zeynel Cebeci/WikiCommons

Que espécie é esta: ovos de chasco-ruivo

A leitora Maria João Cardoso encontrou, por acaso, um ninho com ovos a 2 de Abril na região de Odemira e pediu para saber qual a espécie. Carlos Pacheco responde.

“No decorrer de uma queimada encontrei este ninho por baixo de arbustos e de uma série de troncos. Sabem de que pássaro é?”, escreveu a leitora à Wilder.

Parecem ovos de chasco-ruivo (Oenanthe hispanica).

Espécie identificada por: Carlos Pacheco, biólogo e técnico em projectos de conservação e monitorização de aves selvagens.

O chasco-ruivo é um migrador estival que pode ser observado em Portugal de Março a Setembro.

Os machos adultos têm uma máscara e as asas pretas e o resto do corpo é de tons alaranjados, segundo o portal Aves de Portugal. “A cauda tem as penas centrais pretas, sendo as restantes penas 
predominantemente brancas.”

Frequenta terrenos incultos com algumas pedras e também eucaliptais jovens.

Carlos Pacheco alerta para o perigo de uma aproximação a ninhos que tenham ovos, uma vez que os progenitores podem abandoná-los, comprometendo assim a sua sobrevivência.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.