Que espécie é esta: pena de noitibó-de-nuca-vermelha

A leitora Mariana Mota encontrou esta pena de ave perto de Benavente a 20 de Agosto e quis saber qual a espécie a que pertence. Paulo Alves responde.

“Encontrei esta pena num jardim em Santo Estevão, perto de Benavente, no dia 20/8 de manhã e gostaria de saber a que pássaro pertence”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma pena de um noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis).

Espécie identificada por: Paulo Alves, ornitólogo.

Esta pena é uma rectriz (pena da cauda) de um noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis).

Segundo o portal Aves de Portugal, o noitibó-de-nuca-vermelha tem uma capacidade de camuflagem “absolutamente notável”. Pode ser confundido com o noitibó-da-Europa, do qual se distingue por ser mais corpulento e pelos tons dos lados da cabeça, garganta e nuca, que são da cor da ferrugem.

As aves desta espécie são comuns na metade sul de Portugal mas apenas na época estival, pois chegam “ao nosso território a partir de meados ou finais de Abril, permanecendo até meados de Setembro.”

Aqui pode recordar o noitibó-de-nuca-vermelha visto por um leitora da Wilder no Algarve em Junho de 2020.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.