Que espécie é esta: percevejo-do-fogo

O leitor Henrique Martins fotografou estes insectos a 25 de Dezembro de 2019 na Aldeia de Outeiro, Bragança, e quis saber qual a espécie a que pertence. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Solicito a vossa ajuda para identificar corretamente a espécie. Não que desconheça o insecto (penso eu que seja o escaravelho das tílias) mas nesta quantidade e nesta altura do ano, pereceu-me estranho”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratam-se de percevejos-do-fogo, também conhecidos por percevejos-da-tília (Pyrrhocoris apterus).

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

O percevejo-da-tília é uma espécie maioritariamente herbívora (ocasionalmente carnívora, necrófaga e até canibal), associada a tílias e a malváceas.

Estes animais são percevejos gregários, ou seja, vivem frequentemente em agregações numerosas em que se observam indivíduos adultos e juvenis de vários estados.

Ocorrem em todo o país e observam-se com frequência em zonas rurais e mesmo em ambientes urbanos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.