Que espécie é esta: perdiz

A leitora Maria de Fátima Ferreira encontrou esta cria de ave na Azambuja a 3 de Julho e quis saber qual a espécie a que pertence. Paulo Alves responde.

“Este pequenote apareceu no passado dia 3 de Julho no meu jardim em Azambuja. Prendi os cães que ficaram muito excitados e fiquei a observá-lo. Andava debaixo dos comedouros que tenho para as aves selvagens a comer as migalhinhas. Fui a casa buscar sementes mais miudinhas e quando voltei tinha desaparecido. Presumo que os pais o tivessem vindo buscar. Gostaria de saber de que espécie de trata, pois não é pardal nem melro, dos quais já cuidei algumas crias e que, posteriormente, foram libertadas”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da cria de uma perdiz (Alectoris rufa)

Espécie identificada por: Paulo Alves, ornitólogo.

Segundo o portal Aves de Portugal, as perdizes têm uma “plumagem composta por tons de cinzento, preto, branco e ruivo. Destacam-se a garganta branca orlada de negro, o ventre ruivo, o bico vermelho e as patas 
vermelhas. Os juvenis são acastanhados”.

Esta espécie é relativamente comum em todo o país, “embora sendo escassa nalgumas zonas do 
litoral”.

“Ocorre sobretudo em zonas abertas ou esparsamente arborizadas, evitando as zonas densamente urbanizadas.”

“É uma espécie residente que pode ser observada em Portugal durante todo o ano.”


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.