Que espécie é esta: planta Cistanche phelypaea

A leitora Tânia Sofia Oliveira fotografou esta planta a 12 de Abril nas salinas do Samouco e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

 

“Tirei esta foto ontem, dia 12 de Abril, na zona das salinas do Samouco/Alcochete. Que planta é esta?”, escreveu a leitora à Wilder.

 

 

Trata-se da espécie Cistanche phelypaea.

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

A espécie da fotografia é a Cistanche phelypaea (L.) Cout. (família Orobanchaceae).

Esta espécie tem como habitats sapais e estuários. Em Portugal, pode ser encontrada nos do rio Tejo, rio Sado, e outros no Baixo Alentejo e Algarve.

Segundo a Flora Iberica a área de distribuição nativa é o SO da Europa, N de África, ilhas dos Açores, Cabo Verde, Creta e Chipre e ainda o SO da Ásia.

É uma planta parasita de algumas espécies da família Amaranthaceae (anteriormente em Chenopodiaceae), como por exemplo: Sueda vera, Atriplex halimus, Atriplex portulacoides. As plantas totalmente parasitas (holoparasitas) não têm a função fotossintética, possuindo estruturas sucção (haustórios) que lhes permitem obter a seiva elaborada.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.