Que espécie é esta: planta do género Chenopodium

A leitora Yolanda Corsépius fotografou em Abril esta planta que cresce num vaso em Carnaxide e quis saber qual a espécie. Carine Azevedo responde.

“Esta ‘invasora’ cresce em Carnaxide, num vaso, e não a reconheço. Será possivel identificar?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma planta do género Chenopodium.

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A planta que se encontra no vaso é uma espécie do género Chenopodium, da família Amaranthaceae.

A ausência de alguns caracteres, como flores, por exemplo, não permite a identificação completa da espécie.

O género Chenopodium tem uma distribuição nativa cosmopolita, ocorrendo em quase todo o mundo. 

As plantas que compõem este género são maioritariamente herbáceas anuais ou perenes, podendo no entanto algumas espécies, atingir o porte arbustivo.

Os caules são e as folhas são glabras ou pubescentes. As folhas são membranosas, largas, mais ou menos carnudas e inteiras. As flores surgem em inflorescências terminais e laterais – glomérulos – de várias formas.

A este género pertencem várias plantas com importância moderada na alimentação humana e também no tratamento de doenças. Um dos exemplos mais conhecidos é a quinoa (Chenopodium quinoa), planta herbácea anual cultivada pelas suas sementes comestíveis, ricas em proteínas, fibras, vitamina B e minerais.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.