Que espécie é esta: uva-dos-passarinhos

A leitora Fernanda Campos fotografou esta planta a 12 de Abril no seu jardim e pediu ajuda para a identificar. Filipe Covelo responde.

“Esta planta apareceu no meu jardim. Podem ajudar-me a identificá-la?”, perguntou a leitora à Wilder.

 

 

Trata-se da espécie uva-dos-passarinhos (Phytolacca americana).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Trata-se de uma espécie do género Phytolacca, provavelmente Phytolacca americana L. (família Phytolaccaceae). Tem como nomes comuns, tintureira, uva-dos-passarinhos ou baga-moira.

É nativa da América do Norte e foi introduzida em vários países do mundo. Um desses países foi Portugal, onde atualmente esta apresenta comportamento invasor, ocorrendo em áreas com forte perturbação antropogénica, campos agrícolas e também jardins.

O frutos desta espécie são umas bagas de um vermelho bastante escuro, que eram utilizadas em tinturaria para tingir tecidos.

Aconselho a leitora a arrancar a planta, não permitindo que ela se reproduza.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.