Equador inicia monitorização da nidação de tartarugas nas Galápagos

As ilhas Galápagos são um dos principais sítios do planeta para a nidação das tartarugas verdes marinhas (Chelonia midas). Por isso, equipas já estão nas praias a acompanhar esta época tão importante.

Todos os anos, milhares de tartarugas-verdes-marinhas chegam ao arquipélago das Galápagos para aí porem os seus ovos, entre Janeiro e Maio.

A 19 de Janeiro começou um projecto de seguimento técnico da nidação das tartarugas marinhas no arquipélago das Galápagos, no qual participam técnicos do Ministério do Ambiente, através do Parque Nacional Galápagos, e da organização Galápagos Conservancy mas também voluntários.

Foram montados acampamentos de monitorização em zonas específicas da zona de Quinta Playa e Las Bachas nas ilhas Isabela e Santa Cruz, respectivamente, onde a espécie desova todos os anos.

Para tornar esta tarefa possível, o Parque Nacional recruta voluntários locais e nacionais que recebem uma formação prévia.

Nas praias, voluntários e equipas técnicas fazem transectos para localizar as fêmeas e segui-las até ao local onde escavam o seu ninho de aproximadamente 70 centímetros de profundidade e com capacidade para albergar cerca de 80 ovos.

Depois, a equipa técnica regista a informação sobre o ninho e guarda-a numa base de dados a fim de estimar o tempo de eclosão.

A incubação das tartarugas-verdes-marinhas dura 70 dias. Passado esse tempo, a equipa regressa aos ninhos para verificar o índice de eclosão.

Além deste programa de monitorização, o Parque Nacional desenvolve programas de controlo de espécies introduzidas, já que as espécies invasoras são uma das principais ameaças para a biodiversidade das Galápagos.

A tartaruga-verde-marinha é vulnerável às actividades humanas e espécie Em Perigo segundo a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.