Homem detido por captura ilegal de meixão nas Caldas da Rainha

A GNR de Leiria deteve hoje em flagrante delito um homem por pesca de meixão na foz do rio Tornada, nas Caldas da Rainha.

 

Os militares do Núcleo de Proteção do Ambiente de Caldas da Rainha detectaram um indivíduo de 58 anos a pescar meixão ilegalmente, através do manuseamento de uma arte de pesca, denominada por “capinete ou arca”.

Nesta acção, no âmbito de uma missão de fiscalização à captura ilegal de meixão, foi apreendido o material utilizado na captura desta espécie e 219 gramas de meixão.

A enguia europeia (Anguilla anguilla), que na fase larvar é conhecida por meixão, é uma espécie Em Perigo de extinção. Nos últimos anos “tem vindo a sofrer um acentuado decréscimo, em razão da pesca ilegal, impedindo desta forma o normal ciclo de reprodução”, segundo um comunicado da GNR.

As 219 gramas de meixão apreendidas hoje correspondem a cerca de 650 espécimes, com um valor estimado de 1.640 euros no mercado final (países europeus e asiáticos).

O suspeito, com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, foi constituído arguido e sujeito a termo de identidade e residência.

O meixão apreendido, por se encontrar vivo, foi devolvido ao seu habitat natural.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.