Foto: Joana Bourgard

Torres Vedras vai reabilitar corredor ecológico

A reabilitação do corredor ecológico Sizandro – Conquinha vai ajudar a controlar cheias e inundações e a recuperar a biodiversidade da zona, anunciou ontem a autarquia.

 

A intervenção vai ser financiada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) até ao montante de 230 mil euros. O protocolo de colaboração entre a APA e a Câmara Municipal de Torres Vedras foi celebrado a 24 de Julho.

Os espaços a intervir, recorrendo a técnicas de Engenharia Natural, localizam-se na cidade de Torres Vedras, na confluência de duas linhas de água, a ribeira da Conquinha (afluente do rio Sizandro) com o rio Sizandro.

“Este corredor verde será implantado numa zona onde o valor ecológico dos elementos naturais presentes é baixo, tendo por isso um importante papel na recuperação destes sistemas”, segundo um comunicado da autarquia.

Os trabalhos pretendem devolver a esses sistemas “a sua importância ecológica e hidrológica” e ligar a zona aos espaços verdes adjacentes (Parque do Choupal e Parque Verde da Várzea).

A recuperação e valorização dos troços e margens do Rio Sizandro e Ribeira da Conquinha “permitirá ainda a estabilização das margens destas linhas de água e assim contribuir para o controlo de cheias e inundações”.

Também está prevista a implementação de percursos pedonais e cicláveis e a concretização de programas culturais e pedagógicos que alertam para a importância da manutenção dos sistemas ribeirinhos.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.