Águia-cobreira. Foto: Juan Lacruz/WikiCommons

Que espécie é esta: águia-cobreira

O leitor José Manuel Vasconcellos fotografou esta ave a 8 de Março em Odeceixe e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

A ave foi observada na Baía dos Tiros, em Odeceixe (distrito de Faro).

 

Foto: José Manuel Vasconcellos

 

Trata-se de uma águia-cobreira (Circaetus gallicus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma águia grande, com uma envergadura de asa que pode chegar aos 178 centímetros. Em Portugal tem o estatuto de Quase Ameaçada.

Uma das características que a distingue das outras rapinas é a brancura da plumagem das partes inferiores. As partes superiores são castanhas.

Tem asas compridas e largas, o pescoço curto e a cabeça larga.

Plana em círculos com as asas planas e peneira ou fica imóvel no ar através de pequenos ajustes nas asas.

Segundo o portal Aves de Portugal, esta águia especializou-se na captura de répteis, como cobras. “A observação de uma águia-cobreira a deglutir uma cobra em voo constitui, certamente, um espectáculo singular”.

Ocorre de Norte a Sul do país e, de uma forma geral, é mais comum no interior que no litoral.

É uma espécie estival, que chega geralmente em Março e parte em Setembro.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.