Que espécie é esta: besouro Anomala quadripunctata

O leitor Ariel M. Wendt observou este insecto a 6 de Junho perto da Figueira da Foz, e pediu ajuda na identificação. José Manuel Grosso-Silva responde.

“Meu nome é Ariel, sou um naturalista brasileiro morando em Portugal há pouco mais de um ano, acompanho o trabalho de vocês há mais ou menos esse mesmo período”, escreveu o leitor à Wilder. 

“No dia 6 de junho deste ano registrei, caminhando entre o Parque de Merendas da Cova da Gala e o Parque de Campismo Orbitur Gala, uma espécie de Coleoptera que não fui capaz de identificar. Acredito que seja um escaravelho, mas não tenho certeza, entomologia não é exatamente o meu forte. Como fã da vossa série “Que espécie é esta” pensei que talvez pudessem me ajudar.”

Trata-se do besouro Anomala quadripunctata.

Espécie identificada e texto por: José Manuel Grosso-Silva, responsável pelas colecções entomológicas do Museu de História Natural e da Ciência (Universidade do Porto).

Anomala quadripunctata (Olivier, 1789) é um besouro que, apesar de presente em praticamente todo o país, não é das espécies mais frequentes ou abundantes.

As larvas desenvolvem-se em solos mais ou menos arenosos e alimentam-se de raízes de gramíneas, como Ammophila arenaria (L.).


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.